Leia e fique informado:
Há momentos na vida em que a pessoa prefere cavar um buraco e sair no Japão, ao invés de dizer friamente de olhos nos olhos da outra que está caindo fora, que terminou, que já era. Para alcançar resultados indolores, as modernas tecnologias tem ajudado as pessoas a demitirem os parceiros a distância, na tentativa do processo acontecer sem lágrimas e barracos.
Entretanto, cada tipo de relacionamento exige uma estratégia diferente, uma vez que devemos levar em conta os vários níveis de comprometimento afetivo envolvidos.
Pegação.
Como a pegação é uma relação extremamente casual, não exige um fora formal, pois provavelmente os dois jamais se topem novamente, ou não. Neste caso, na balada é só fazer de conta que nunca viu a outra pessoa.
Ficação.
Ai o negócio esquenta um pouquinho, nos casos em que as pessoas vão ficando, ficando e a coisa toda começa a assumir ares de compromisso. Neste caso, evitar os locais onde rola a ficação costuma ser equivalente a um fora em alto estilo, sem precisar ficar frente a frente para explicar que ficar é justamente uma relação sem compromisso.
Rolo.
Oia! Quando a ficação persiste até o final das baladas e se repete na outra e assim por diante, então está configurado o rolo. Aí, uma certa satisfação tem que ser dada quando uma das partes decide pular fora. Para evitar a deitação de motivos, basta não atender/retornar as ligações e ponto final.
Namoro.
O namoro inicia quando ambas as famílias se conhecem. Neste caso, em vista da formalidade envolvida, um bom torpedo SMS nu e descaradamente cru costuma resolver a questão, quando o namoro esfriou e já virou banho-maria.
Relação estável.
Casais que moram juntos sem o a sacramentação do contrato, para os fins legais é a mesma coisa que casamente, quando configura relação estável. Para sair desta, cada vez mais as pessoas estão apelando para a impessoalidade do recado constrangedor via redes sociais, que, paradoxalmente, foram criadas para aproximar as pessoas.
Noivado.
Diante da grande formalidade envolvida neste tipo de relação, a melhor tática teleguiada a ser usada é o fora por e-mail, diga-se de passagem, um belo ato de covardia que quebra um compromisso extremamente sério.
Casamento.
Como os casamentos não podem ser rompidos por um simples telefonema, a estratégia comumente empregada para evitar o momento constrangedor da conversa fatal é deixar as coisas esfriarem naturalmente e jamais discutir a relação. Há sempre a chance do outro cônjuge acabar se vendo compelido a dar o cheque-mate.
Amante.
Certamente, este é o tipo de relacionamento mais difícil de desvencilhar com um simples comando a distância, já que a(o) amante é uma pessoa detentora de informações comprometedoras capazes de jogar merda no ventilador e... babau, lá se foi o verniz social.
Conclusão:
Suponhamos que do outro lado exista uma pessoa apaixonada que ama de verdade. Neste caso, um "tele-fora" vai lhe quebrar o coração e talvez acabe redundando na perda da própria vida. Portanto, a atitude covarde de tentar resolver os problemas da maneira mais indolor possível, para si mesmo, pode acarretar carmas terríveis que vão trazer amarguras nesta e em outras existências.
Dov




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